12/06/2009
MinC distribui R$ 2 milhões a séries independentes.
Folha de S. Paulo - LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
Em cerimônia realizada anteontem na Cinemateca Brasileira, em SP, o Ministério da Cultura escolheu oito projetos, entre 20 pré-selecionados, para serem filmados. Todos eles são de produtoras independentes.
Cada um vai receber R$ 250 mil para criar um roteiro e um primeiro episódio (chamado de piloto), que serão exibidos nas emissoras públicas de televisão e submetidos a uma nova análise. Na segunda etapa do FICTV --espécie de DocTV para as séries--, três deles vão ser eleitos para irem ao ar, com 13 capítulos cada um e uma verba de produção de R$ 2,6 milhões.
Para montar o edital de teledramaturgia seriada, o governo especificou que os interessados deveriam voltar seus projetos para o público jovem das classes C, D e E, que é o alvo do programa Mais Cultura.
A secretária de Articulação Institucional, Silvana Meireles, destacou o número de 225 inscritos, "que surpreendeu o ministério" e a parceria entre os produtores independentes. "A nossa prioridade não é o fomento à produção independente. A produção independente é que está atendendo a um chamado do governo de propostas de teledramaturgia para um público específico."
Alfredo Manevy, secretário-executivo do MinC, salientou que a TV pública no Brasil foi um caso atípico, por ter surgido depois da TV privada e criticou as redes comerciais: "A TV comercial se formou de costas para a produção independente. Isso é nocivo para ambos os lados. Os independentes têm uma percepção da sociedade e alternativas que são essenciais, e esse edital prova isso".
A comissão teve 70 dias para fazer a seleção e foi formada por Roberto Moreira, Esther Hamburger, Cao Hamburger, Antônio Carlos Fontoura e Berenice Mendes. O coordenador-executivo do edital, Mario Borgneth, ressaltou a dificuldade de fechar a lista "com um material tão bom".
Manevy entendeu o recado e anunciou que "vai batalhar por recursos" para tentar produzir os outros 12 finalistas: "O ministério vai estudar a possibilidade de tratar os projetos da fase final como habilitados a receber um recurso adicional".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u580175.shtml
sexta-feira, 12 de junho de 2009
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